Essa distância do conhecimento teórico acumulado e a prática profissional é umadiscussão profundamente presente no Serviço Social. Cabe ao profissional formado e atuantebuscar constante qualificação, ou seja, “reciclar-se” profissionalmente, sob o risco de tornar aprática profissional vazia, rotineira e sem nenhum embasamento.Segundo Netto (1996), as transformações pelas quais passa a sociedade e as suasimplicações na questão social, são enfrentadas e respondidas pelos profissionais em umasituação desfavorável. Para ele, os profissionais Assistentes Sociais agem inseguros por contade uma formação profissional frágil, pela competição com outros profissionais aparentementemais seguros e legitimados, condicionados pelas heranças conservadoras que ainda estãopresentes em relação a seus papéis. De acordo com Netto (1996, p. 111), “é freqüente umaatitude defensiva e pouco ousada dos assistentes sociais em face as novas demandas, o queacarreta a perda de possibilidades de ampliação do espaço profissional”. Em sintese, essa frasecitada resume a situação do Serviço Social e do profissional Assistente Social no município deTuparendi, especialmente na instituição em que se realizou o estágio.Para Montaño (1999), a categoria profissional precisa buscar a sua re-legitimação “pormeio da qualificação, da pesquisa e resposta às demandas emergentes (...)”. Nesse sentido, nãoé possível prostrar-se diante da invisibilidade da profissão, da desvalorização do AssistenteSocial frente aos demais profissionais, da subalternidade e falta de autonomia dentro dasinstituições em que trabalha, sendo necessárias estratégias para a modificação desse quadro,especialmente no que tange a elaboração de respostas criativas, ousadas e em consonância comas necessidades e reivindicações da população usuária.
Projeto de Intervenção Profissional: as possibilidades e as limitações
Conforme as exigências do Estágio Supervisionado II, elaborou-se um Projeto deInvestigação e Intervenção Profissional, a ser