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Tirei o curso na escola náutica de Lisboa.
Em 1948, fui um dos fundadores do movimento surrealista de Lisboa.
Em 1949 apaixonei-me por Nora Mitrani, surrealista francesa, mas foi-me negada a ida para França e nunca a voltei a ver. Em 1950 deixei o movimento surrealista devido ao meu desagrado em relação ao rumo que o surrealismo tinha tomado. Contudo, na minha obra poética manteve as influências surrealistas.
Casei duas vezes e teve dois filhos. Entre 1958 e 1972 publiquei imensas obras. Contudo a minha vida não era ganha a escrever poemas, do que vivia era da publicidade, como inventor de slogans.
Em 1958 Alexandre foi reconhecido como poeta. Na década de 1960, provavelmente a mais produtiva literariamente, foi publicando livros de poesia, antologias de outros poetas e traduções.
Em 1982 fui premiado pela associação de Críticos Literários.
Morreu na cidade onde nasceu, em Lisboa, em Agosto de 1986 devido a uma doença cardíaca. Foi igualmente em vida e em morte incompreendido.
Não vejo a realidade sempre de forma negativa mas também olho pelo lado obscuro que existe.
O seu tema mais usual é o da pátria, mas de um modo crítico, criticou nos seus poemas as paisagens, os gestos e os costumes quotidianos.
Destrói a imagem de um proletariado heróico e restitui-lhe a sua condição de anti-herói, abrangendo a melancolia quotidiana, a vida mesquinha, a cobardia. E fá-lo em nome da sua poesia da “verdade prática”.
Temas como a solidão, o amor, o sonho, a passagem do tempo ou a morte, conduzem ao medo , de que o homem só poderá libertar-se através do