Faces, de cassavets e a influencia da nouvelle vague; análise comparada das obras conversation, de copool e blow up, de antonioni

Nouvelle Vague

A Nouvelle Vague foi um movimento de renovação no cinema francês. Feito por cinéfilos, foi o primeiro dos movimentos produzidos com base na memória do cinema. Assim, possuia um espaço museológico, a cinemateca, como local privilegiado de criação artística. Este ideal foi um dos muitos que representam a ruptura com o cinema existente na época, que era pensado em estúdios e baseado em uma noção de linguagem sem tradição. Foi composta de duas fases, uma de crítica (de 1947 a 1959) e outra de produção cinematográfica (de 1959 a 1968).
Na primeira, um nome essencial é o do crítico André Bazin, responsável por um cineclube, autor de diversos artigos e um dos criadores da revista Cahiers du Cinéma. A segunda teve como marco inicial o filme Incompreendidos (1959), de François Truffaut, que o fez ganhar o prêmio de melhor direção no Cannes e precedeu outras obras emblemáticas da Nouvelle Vague, como Acossado (1959), de Jean-Luc Godard. Para compreender a inspiração do movimento na história do cinema, outro nome indispensável é o de Henri Langlois. Em uma época onde o cinema ainda não tinha valor artístico mundial consolidado, faltavam políticas públicas para a preservação da história cinematográfica, e Langlois dedicou esforços para preencher essa lacuna. Historiador, conservador e ativista do cinema, foi responsável pela conservação de diversos filmes que, sem ele, não poderiam ser vistos atualmente. Foi co-fundador da cinemateca francesa, e protagonista de um fato polêmico em 1968, quando a Nouvelle Vague já era um movimento sólido. Foi destituído do seu cargo por André Malraux, Ministro da Cultura, e uma onda de protestos o fizeram retornar ao posto, comprovando o reconhecimento da importância histórica que teve para o cinema francês. (MANEVY, 2006)
Apesar de ter sido apoiada posteriormente por instituições acadêmicas, a Nouvelle Vague nasceu distante desse ambiente. Assim como os textos de André Bazin, que optava por ensaios, a nova onda francesa