Análise do aforismo TUPI OR NOT TUPI, THAT IS THE QUESTION
Para que aja uma melhor compreensão do que iremos dialogar aqui é necessário que se explique a princípio o que é aforismo. Aforismo é a junção de regras ou princípios de alcance moral expressados em poucas palavras, ou seja, uma única frase. E é exatamente isso que Oswald de Andrade faz em seu manifesto Antropófago. Ele separa cada ideia em uma frase, como se fosse um ditado popular ou versículo bíblico, resumindo uma ideia.
Ao discutirmos sobre a antropofagia no seu significado como palavra, percebemos que o sua definição nada mais é que “comer” “homem”. O primeiro autor, Hans Staden (1525-1579), que escreveu algo sobre o Brasil na Europa, foi aprisionado pelos índios Tupinambás. Esses índios possuíam a cultura de devorar seus prisioneiros, pois acreditava- se que ao comer a carne de seus inimigos, geralmente prisioneiros derrotados após uma batalha, tomariam para si suas habilidades. Esse tipo de ritual era de cunho religioso. Devido a essa experiência e outros relatos do autor Hans Staden (1525-1579) e de outros que vieram o Brasil ficou conhecido como o país da antropofagia. Um filme bastante interessante que retrata bem esse ritual religioso dos tupinambás é o: Como é gostoso o meu francês. Esse filme ilustra como ocorria o ritual de antropofagia entre os tupinambás. Após a captura, os prisioneiros recebiam uma casa para morar, uma esposa, trabalhavam e faziam muitas coisas durante três luas, assim que se passavam as três luas eles eram devorados. Sendo que cada parte do seu corpo era dada para alguém da tribo.
Inspirado por pelos livros de Hans Staden e pelo quadro “Abaporu” (homem que come) feito por sua esposa Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade redigiu o manifesto Antropófago. O quadro Abaporu é uma paródia da escultura “o Pensador” de Rodan. Eles estão na mesma posição, porém possuem dimensões diferentes. Enquanto que o Pensador tem as proporções de um homem e uma feição