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83669 palavras
335 páginas
NOtas ExiladasChristopher Dunn
NOtas Exiladas
Editora PolySom
Presidente do Conselho Curador
Herman Voorwald
Diretor-Presidente
José Castilho Marques Neto
Conselho Editorial Acadêmico
Cláudio Antonio Rabello Coelho
José Roberto Ernandes
Luiz Gonzaga Marchenzan
Paulo César Corrêa Borges
Editores-Assistentes
Anderson Nobara
ArleteZebber
Para os meus pais,
John e Gwenn Dunn,
Com admiração, gratidão e amor
SumáriO
Agradecimentos
7
Abreviaturas
10
Introdução
11
Capítulo 1
Poesia de Exportação: modernidade, nacionalidade e internacionalismo na cultura brasileira
21
Capitulo 2
Participação, música pop e o som universal
47
Capítulo 3
O momento tropicalista
81
Capítulo 4
Na hora adversa: Tropicália na mira da repressão
125
Capítulo 5
Tropicália, contracultura e vínculos afro-diaspóricos Bibliografia
Discografia
161
189
202
AgradecimentOs
As longínquas origens deste livro remontam a um momento em 1985, em uma visita à casa de Peter Blasenheim, meu professor de História Latino-Americana no Colorado College. Tínhamos passado a noite escutando as músicas brasileiras preferidas dele, reunidas ao longo de várias viagens de pesquisa, incluindo as sublimes destilações da bossa-nova compostas por João Gilberto, os sucessos do jazz-bossa de Elis Regina, os plangentes sambas de Chico Buarque, as baladas românticas de Roberto Carlos e várias canções de protesto da década de 1960. Na época, eu mal sabia falar espanhol, muito menos português, a maravilhosa e sonora língua que ouvi pela primeira vez naqueles discos em Colorado Springs. Apaixonei-me pelo som da língua combinado com a música e fiquei fascinado com as explicações que ele me dava sobre cada canção. Em determinado momento, Peter escolheu o disco Tropicália, ou panis et circencis, um estranho “álbum conceitual” de 1968, época em que o Brasil entrava na fase mais repressiva do governo militar. Apesar