Educação Física e saúde e Alma.
Educação Física para o bem estar da Alma
“A educação é a higiene do espírito, assim como a higiene é uma verdadeira educação do corpo.” (Paolo Mantegazza).
A educação física é responsável por diversas praticas de aprendizado, que é mais complexa, por trabalhar a corporeidade. Suas atividades envolvem articulações das mais diversas que fazem parte do nosso corpo. Uma atividade lúdica, por mais simples que seja, está complexa sendo pedagógica e antropológica, conseqüentemente. Assim criamos hipóteses, interpretamos os gestos, o sentido digital e analógico das falas e aprendemos também a interpretar o silêncio.
A ludicidade cria imagens que constroem, que criam uma fantástica reserva de emoções e razões que se abrem para o mundo. A aprendizagem do brincar permanece para sempre em nossa mente, como fiéis companheiros que nos convidam a encarar os aspectos de ordem e desordem do mundo de modo a reorganizá-los; a perceber a realidade de forma menos determinista; a descrer da objetividade absoluta; a usufruir a criatividade e a sabedoria como aspectos interdependentes do humano. Deve-se ser ressaltar o tão completo que é essa área, pois embora esteja contemporaneamente situada no campo biomédico, tendo disciplinas básicas comuns a todo este campo, tais como a fisiologia e a anatomia, partilhando inclusive o quadro epistemológico e biomecânico moderno, a educação física é vem de um conjunto de práticas tradicionais ligados ao treinamento do corpo. Essas práticas podem estar ligadas seja à tradição militar, seja ao esporte, remontando a muitos séculos de atividade na cultura ocidental, e possivelmente há milênios em culturas orientais, tais como a da China e da Índia, através das artes marciais, por exemplo.
Em todos esses casos, o papel do “exercício físico” é dominante e está ligado, se seguirmos a linha de pensamento de Michel Foucault, à estratégia da submissão dos indivíduos à nação na história