texto cientico
Antonio Pessoa Cardoso Milhões de anos atrás, o homem não dominava a natureza e tinha, entre outras, dificuldade para encontrar água para beber e faltavam-lhe meios para labutar com os animais selvagens. A revolução industrial mudou o panorama e a natureza tornou-se um “supermercado gratuito”, de onde o homem retira tudo o que precisa; esta ação tem contribuído para destruir o ecossistema e a própria vida na terra. Plantas, animais e o próprio homem precisam da água para crescer, reproduzir e viver; o aumento da população mundial, o avanço da tecnologia promove crescente uso e deterioração dos recursos hídricos; o interesse econômico, o progresso, o conforto tem despertado maior atenção do homem que mesmo a preservação da natureza, através dos cuidados com o meio ambiente; daí a degradação da vida humana.
A administração pública pode desempenhar papel mortal na proteção do ambiente, na medida em que os governantes não se constrangem em desviar o leito dos rios, sem estrutura adequada; sentem-se sem responsabilidade na contaminação e poluição dos rios, lagos, riachos e mares, através das descargas dos esgotos urbanos não tratados, dos complexos industriais, das minerações, dos naufrágios dos petroleiros; promovem, sob enganosas conclusões, a derrubada de árvores das nascentes dos rios, etc.
No mundo, metade da população enfrenta problemas com o abastecimento de água, apesar de 71% da superfície do planeta compor-se de água; no Brasil, cerca de 18 milhões de pessoas ainda não têm acesso à água potável e mais de 45 milhões de pessoas vivem sem o tratamento de esgoto; temos a maior bacia hidrográfica do mundo e quase 15% da reserva hídrica do Planeta.
E mais: 97% da água existente na terra é salgada, 2% formam geleiras, restando 1% de água doce que forma os rios, lagos e lençóis subterrâneos.
Muitas leis, decretos, resoluções, portarias e instruções tratam dos recursos hídricos, mas o descumprimento dessas normas deixa o