TEXTO 1
Histórico, concepções e pensamento didático
Desde os primórdios do aparecimento da civilização existem indícios de formas elementares de instrução. Na antiguidade clássica, gregos e romanos, e no período medieval se observa o desenvolvimento de ações didáticas em outras culturas.
Com os estudos de historiadores da infância e da educação, a escola tal como conhecemos hoje, começou a ser criada, na Europa Ocidental, entre os séculos XV e XVII. Nessa época, a infância passou a ser entendida como uma era particular e especifica da vida do ser humano, distinta da vida adulta.
Assim, algumas pessoas começaram a pensar que seria melhor que as crianças vivessem separadas, resguardadas, protegidas dos problemas, dos perigos e das tentações trazidas pelos adultos. Para uma parte das elites e da classe média, a mesma maneira encontrada para proteger as suas crianças foi mandá-las para a escola, uma instituição própria, criada para melhor prepará-las para a vida futura. Ali, elas poderiam não só receber ensinamentos morais e aprender as virtudes cristãs, mas também se apropriar de diversos outros tipos de conhecimento que poderiam ser úteis futuramente.
Nesses últimos quinhentos anos, portanto a escola que hoje conhecemos foi sendo estruturada aos poucos. Primeiro, para um pequeno grupo, uma elite. Depois, desde a metade do século XIX, ela começou a se abrir para quase todas as pessoas, por meio de um processo pelo qual os diversos governos passaram a organizar sistemas nacionais de ensino, (A escola de massas). Esse processo seguiu ritmos bastante diferentes nos diversos países. No Brasil, por exemplo, só muito recentemente foram atingidos níveis de alfabetização e de acesso à escola próximos da totalidade da população em idade escolar. Na Europa Ocidental, isso já acontecia, mesmo nos países mais pobres, há mais de 50 anos. Na Coréia do Sul, esses índices foram atingidos há quase 30 anos, como resultado de grandes investimentos em educação.
Então se cria