Terra, TRabalho e poder
O açúcar foi o principal produto da economia brasileira na primeira metade do século 17, tendo grande relevância nas exportações.
Mesmo dentro de um século de baixa, o açúcar brasileiro conseguia manter seu ritmo de produção e seus preços razoavelmente estáveis dado o aumento do consumo de açúcar na Europa.
Por questões de disputa de cotas comercais a Espanha declara guerra à Holanda, Portugal por sua vez “apoia” a Espanha e cria um conflito com a Holanda, tentando expulsá-la do território brasileiro.
O preço do açúcar foi diretamente prejudicado por esses desentendimentos e passou por um processo de instabilidade: as dificuldades de transporte, diminuição das compras na colônia foram responsáveis pela queda dos preços na Bahia acumulando-se o açúcar nos trapiches. Por essa época, o encarecimento constante dos escravos agravou ainda mais a situação dos produtores de açúcar.
A partir de 1634, a retomada das lutas contra os holandeses levou ao aumento das taxas sobre o produto e os ganhos obtidos eram direcionados aos tributos. Para tentar reverter esta situação, ao ponto de ser possível a extração de maiores lucros dos negócios do açúcar, criaram-se novas medidas de transporte centralizadas pelo sistema de comboios. Articulou-se a Companhia Geral do Comércio do Brasil que comboiaria todos os navios mercantes que viessem ao Brasil. Porém, por ser dotada de privilégios, os resultados não foram favoráveis e as crescentes queixas levaram a sua revogação.
A crise da economia açucareira não pode ser condicionada à concorrência dos novos produtores antilhanos, mesmo esta produção incrementando e abastecendo os mercados metropolitanos, já que p preço do açúcar antilhano caia na mesma proporção que o brasileiro.
Tendo os holandeses tomado São Jorge da Mina, Luanda e São Tomé, a dificuldade no abastecimento de mão-de-obra negra atingia a produção de açúcar e basicamente o trafico negreiro português. Além desta perda, outros fatores