Os camponeses e a política no Brasil
Características importantes no surgimento do rural: 1º camponês – na Europa – autonomia, criava história, ficava com a terra. Brasil característica da burguesia agrária. Aqui não tivemos processo de ruptura. Esse camponês traz característica do ranso conservador: não é autônomo, é desenraizado, é expulso da terra, mas volta para a terra, não consegue se estabelecer como trabalhador autônomo. Deixou de ser proprietário real para ser proprietário nominal. É dono só no nome. Ele não é dono dos instrumentos de trabalho. Ele é expropriado. Em nenhum momento ele é autônomo. Não consegue produzir na sua terra. 2º Em todo momento da história ele é excluído enquanto protagonista da história. Exclusão do trabalho, dos produtos do trabalho.
1500 a 1850 – A Sesmaria era a única lei para o campo. O Brasil era um país sem autonomia. A sociedade era de quem tinha e de quem não tinha a terra.
A forma para conservar a propriedade tinha como objetivo de não haver dispersão da propriedade.
Morgadio lei que impede dispersão da riqueza da família. O primogênito que era o herdeiro da terra. Vigorou até 1935. Morgadio não impedia a abertura, criação de novas propriedades.
Na sesmaria quem trabalha na terra se tornava dono da terra. Mas o direito não era igual. Havia diferenças entre camponês (esse só trabalhava, só conseguia favor, nunca conseguiu ser dono de nada) e o fazendeiro (esse tinha todos os direitos).
O que legitimava o uso da terra? O emprego útil das terras. Isto não quer dizer que havia direito igual. Havia a desigualdade entre o fazendeiro e o camponês. Desigualdade essa que definia os que tinham e os que não tinham.
Troca de favores entre desiguais. O camponês tinha o direito apenas de ocupar a terra e não ser dono dela. Relação de dependência. O trabalho e a lealdade mantinham ele na terra.
A exclusão do camponês é vista até aqui no período escravista.
Dava mais dinheiro o comércio do escravo e não o seu trabalho. Ele