Terra de ninguem
Um quer matar o outro, mas nunca consegue, porque as armas mudam de mãos o tempo todo. A disputa se interrompe com a descoberta de uma questão mais urgente: outro soldado bósnio, Cera (Filip Sovagovic), que os sérvios julgaram morto, foi jogado sobre uma mina. Agora, se fizer o mínimo movimento, tudo irá pelos ares.
O drama força os dois inimigos a procurar uma trégua. Uma missão das Nações Unidas é chamada, mas não demonstra a vontade política necessária para romper o dilema porque os oficiais superiores, como o coronel inglês Soft (Simon Callow), não compartilham das melhores intenções propostas pelos escalões inferiores, como o sargento francês Marchand (George Siatidis).
O habitual circo da mídia, tendo à frente a jornalista britânica Jane (Katrin Cartlidge), observa de perto o impasse, o que não signica que compreenda devidamente o que está se desenrolando.
A sequência dos acontecimentos serve como ácido comentário da incompetência, aqui elevada à potência de crime, tanto dos políticos, quanto dos militares, sob uma absurda conivência da imprensa
Durante a Guerra da Bósnia, dois soldados, um sérvio e outro bósnio, acabam isolados em uma pequena trincheira, junto com um terceiro soldado, que está caído sobre uma mina - sendo que ninguém pode matar ninguém ali. Todas as partes do conflito ficam completas com a chegada de mais duas pessoas: um representante da ONU, para tentar resolver o impasse, e uma jornalista, para jogar lenha na fogueira.
O filme sobre a Guerra da Bósnia, permeado de um certo humor negro, conta com um número muito reduzido de personagens, que representam as principais partes do conflito: os servios, bósnios, a ONU e a