Terra de ninguém
Esta é a história de dois soldados, Ciki (Branko Djuric) e Nino (Rene Bitojorac), um bósnio e um sérvio que se encontram ilhados entre linhas inimigas, na terra de ninguém, durante o conflito da Bósnia em 1993. Enquanto eles tentam resolver este contratempo bizarro, um bravo Sargento das Nações Unidas vai ajudá-los, apesar de ter recebido ordens para não intervir. Seguido pela imprensa, o assunto acaba se transformando em um acidente internacional. Em um tenso impasse entre os diversos lados envolvidos no conflito e com a mídia aguardando por seu desfecho, Ciki e Nino tentam desesperadamente negociar por suas vidas em meio à insanidade da guerra.
O filme todo roda na figura de três personagens, um trio de soldados que ficaram presos entre duas frentes inimigas. Cera enquanto estava inconsciente depois de ter sofrido um ataque dos inimigos, foi colocado sob uma mina, para quando os seus companheiros o fossem resgatar, fossem todos pelo ar. Chiki observava tudo escondido, observava o que estavam a fazer ao seu amigo, mas por estar desprotegido e pelo facto de serem dois soldados inimigos contra ele sozinho. Nino é um novato, muito desastrado e pouco habituado às lides bélicas, assiste à operação do colega (de colocar a bomba debaixo do inimigo).
Uma grande reviravolta se dá e Nino perde o seu colega, ficando sozinho com o seu rival. Situações que roçam a troça, a birra, duelos e pequenas partidas levam ás duas frentes a ficarem confusas e sem perceberem que homens são aqueles, é então que os capacetes azuis (cheios de sede de acção e de poderem ajudar) entram em ação ...
Terra de Ninguém é o filme que “roubou” o tão esperado Óscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2002 ao tão aclamado O Fabuloso Destino de Amélie de Jean-Pierre Jeunet. A surpresa foi geral, mas a verdade é que aquele que à partida seria o vencedor da estatueta, viu-a a ser entregue ao realiador Danis Tanovic. Lembro-me de não ter ficado muito surpreendida, pois vi os dois filmes