Terceira Idade
O Brasil começou o seu processo de envelhecimento populacional a partir de 1960, em decorrência da queda significativa da mortalidade, o aumento da expectativa de vida e o rápido declínio da fecundidade (NOGUEIRA, et al. 2008; BARBOSA, DIAS, PEREIRA, 2007)
Segundo a Síntese de Indicadores Sociais, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil em 2008 tinha 21 milhões de pessoas com 60 anos ou mais e 9,4 milhões de pessoas com 70 anos ou mais. Entre 1998 e 2008, a proporção de idosos (60 anos ou mais) aumentou de 8,8% para 11,1% e em contrapartida a população com menos de um ano reduziu-se em 27,8% nesses 10 anos, passando de 1,8% da população total em 1998 para 1,3% em 2008.
Ainda de acordo com o IBGE, em 2008 a população de crianças e jovens até 14 anos era de 24,7% contra 30,0% em 1998, tendo uma redução de 17,7% nos últimos dez anos. E a taxa de fecundidade total foi de 2,43 em 1998 e de 1,89 filho em 2008,
Pode-se confirmar, por meio dessas estatísticas, que o Brasil está envelhecendo e, ao contrário dos países desenvolvidos que acompanharam a elevação da qualidade de vida, com inserção das pessoas no mercado de trabalho, educação e boas condições de alimentação, moradia e condições sanitárias adequadas, no Brasil e outros países em desenvolvimento esse processo foi muito rápido e completamente desvinculado de uma política social favorável, sem melhora na qualidade de vida dessa população idosa (NOGUEIRA, et al. 2008; BARBOSA, DIAS, PEREIRA, 2007, SALGUEIRO, 2008).
Esse rápido aumento de idosos, nos países em desenvolvimento trouxe conseqüências preocupantes para a sociedade, principalmente pela alta demanda por serviços especializados. As doenças que acometem a população idosa, levam os indivíduos a tratamentos prolongados, que implicam em maiores recursos especializados (SALGUEIRO, 2008).
Além disso, na população idosa é muito comum o aparecimento de várias doenças crônicas ou agudas, uso diário