Introdução De acordo com o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2000, a população idosa (com 60 anos ou mais) no Brasil era de cerca de 14 milhões de pessoas, representando 8,6% do total populacional no país[1], e com a tendência de aumentar nos próximos anos, graças ao aumento da qualidade e da expectativa de vida. A vida na Terceira Idade é repleta de limitações físicas, como a lentidão de movimentos e de raciocínio e a falta de coordenação motora[2]. No entanto, no aspecto emocional não existe limitações, o idoso é mais experiente e conta com um tempo maior disponível, que nem sempre é aproveitado da melhor maneira possível. Ainda assim, muitas pessoas têm aderido à prática de exercícios físicos apropriados, voltam a estudar ou começam a aprender novas atividades, como uma forma de ocupar um tempo antes ocioso. Apesar dessa preocupação do idoso em manter-se inserido na sociedade, esta não o trata com o devido respeito, pois existe um pré-conceito com relação ao seu comportamento. Acredita-se que eles não estão mais capacitados para realizar tarefas ou até mesmo para sair de casa desacompanhado, causando no idoso a sensação de inutilidade, o que pode desencadear a depressão, doença cada vez mais comum nas pessoas da terceira idade. Outro pré-conceito associado ao idoso é que o mesmo é financeiramente dependente e que não possui poder de decisão, o que não poderia ser uma conclusão mais equivocada, de acordo com pesquisas recentes, que provam que esses mitos são apenas mitos[3]. O idoso carece de atenção e de pessoas dispostas a lidar com eles, uma vez que sua limitação física não se estende ao restante da sua personalidade[4]. O potencial de consumo da terceira idade tem chamado a atenção nas últimas pesquisas do Instituto Somatório, que concluiu que a renda mensal desse grupo é de cerca de R$ 7,5 bilhões, correspondendo a 15% do rendimento total do país. Além disso, 93% dessa