Teorias da Etinicidade
Prefácio
“O primeiro grande interesse da obra de Philippe Poutignat e Jocelyne Streiff-Fenart é o de informar-nos sobre as discussões teóricas entre pesquisadores de língua inglesa no que diz respeito ao próprio conceito de etnicidade.” (p.10).
“O segundo e não menor interesse deste livro é de tomar partido não sem nuanças no debate teórico e de se classificar claramente na linguagem fundada por Fredrik Barth na década de 1960. É por esse motivo que nos oferece, em anexo, uma tradução do seu texto introdutório a obra coletiva publicada sob sua direção em 1969 sobre a organização social da diferença de cultura. Barth substitui uma concepção estática da identidade étnica por uma concepção dinâmica.” (p.11).
“Depois de apresentar uma história e uma visão geral dos problemas de debates teóricos na atualidade sobre o conceito de etnicidade, eles apresentam no último capítulo uma problemática, enunciada nas quatro “questões-chaves”, que sob meu ponto de vista, marcam um progresso do conhecimento em relação ao texto de Barth. Com, o ponto fraco deste e que os conceitos muitos gerais de organização e de interações sociais são aplicáveis à análise de todo tipo de identidade coletiva (religiosa, profissional, corporativa, política, familiar, de classe social ou de geração, de clube ou de sindicato, de seita ou de congregação...), isto é, toda vez que está em causa um limite entre “eles” e “nós”. É ai que se apaga a própria noção de etnicidade: continua sem respostas a questão de saber o que é especificamente “étnico” na oposição entre “eles” e “nós” e nos critérios de pertença que fundam esta oposição.”(p.12). Jean William Lapierre
Introdução
“[...] As questões voltadas para a utilidade econômica dos imigrados ou para os custos sociais acarretados por sua presença foram paulatinamente dando lugar a interrogações relativas a uma identidade nacional