Teoria Política
Para entendermos o título acima, temos que termos em mente que burguesia compreende-se a classe dos capitalistas modernos, proprietários dos meios de produção social, que empregam o trabalho assalariado. Por proletário compreende-se a classe dos trabalhadores assalariados modernos que, privados de meios de produção próprios, se vêem obrigados a vender sua força de trabalho para poder existir.
Desta forma, o caráter revolucionário da burguesia, que rompeu com o modelo feudal e se firmou como nova forma de organização pode ser traduzida no caráter revolucionário da própria economia capitalista. Sua lógica, na busca pela manutenção do poder econômico, leva a uma permanente inovação tecnológica e reorganização constante das relações de produção.
O sistema das relações de produção, ou meios de produção é à base de toda uma sociedade. Todas as atividades dos homens sejam elas mortais, intelectuais, religiosas ou políticas, enfim, todas as suas concepções, surgem a partir da linha de pensamento dominante no sistema das relações de produção. Assim, a forma de produção capitalista é também uma forma de dominação. Somos todos escravos do consumo. Ao buscarmos cada vez mais possuir e possuir, alimentamos esta imensa máquina capitalista, onde somos, ao mesmo tempo, produtos e produtores.
Opressores e oprimidos estiveram em constante oposição uns aos outros, travaram uma luta ininterrupta, ora oculta ora aberta, uma luta que cada vez acabou por uma reconstrução revolucionária de toda a sociedade ou pelo declínio comum das classes em luta.
A burguesia arrancou à relação familiar o seu comovente véu sentimental e reduziu-a a uma pura relação de dinheiro.
A necessidade de um escoamento sempre mais extenso para os seus produtos persegue a burguesia por todo o globo terrestre. Tem de se implantar em toda a parte, instalar-se em toda a parte, estabelecer contatos em toda a parte.
As armas com que