TEORIA PIAGETIANA
O presente trabalho consiste na realização de um estudo envolvendo a aplicação do método clínico de Jean Piaget. Segundo o autor, o processo cognitivo se concretiza na aprendizagem e no desenvolvimento. A aprendizagem refere-se à aquisição de uma resposta particular, aprendida em função da experiência, obtida de forma sistemática ou não, ou seja, o indivíduo constrói e reconstrói continuamente as estruturas que o tornam cada vez mais apto ao equilíbrio. O autor postula que no estágio inicial, a atividade intelectual da criança é de natureza sensorial e motora, por isso é de grande importância à estimulação ambiental para o desenvolvimento da inteligência. No estágio pré-operacional, acontece o desenvolvimento da capacidade simbólica. Nesta fase, o pensamento infantil possui algumas características: egocentrismo, centralização, animismo, realismo nominal, classificação, inclusão de classe e seriação. O terceiro estágio, a criança usa a lógica e o raciocínio de maneira primária, aplicando-os somente na manipulação de objetos concretos. No último estágio o pensamento formal é hipotético-dedutivo, o que significa que o adolescente pode considerar hipóteses, acompanhar a forma de argumentos, mesmo que ignore seu conteúdo concreto. Segundo Piaget, em cada estágio a criança vai contraindo habilidades, num desenvolvimento que se dá por saltos e não por acúmulo de informações, nos levando a entender que a inteligência muda de qualidade. Dentro desta perspectiva, o conhecimento se dá através da interação indivíduo-meio, o que quer dizer que sua formação depende das condições internas do indivíduo e da interação deste com o meio em que vive. Por meio desta interação, o conhecimento vai se formando e se estruturando e isto se dá por meio de um processo de assimilação e acomodação.
As provas operatórias de Piaget têm como objetivo a avaliação do grau de aquisição de algumas noções do desenvolvimento cognitivo, detectando o nível de pensamento alcançado pela