Teoria neoclássica
A hipótese neoclássica de que o homem saberia racionalizar e equilibrar seus ganhos e gastos é superficial e inaplicável. Ao analisar o funcionamento da sociedade apenas pelo interesse marginal de consumo, a ciência econômica pressupõe que os indivíduos agem de forma previsível e que essa ação pode ser calculada matematicamente. Isso se torna falso, na medida em que se tem a necessidade de investimentos em pesquisas de opinião, marketing e propaganda. Aparentemente, a teoria neoclássica tem por premissa que os indivíduos, mesmo com suas particularidades, agem de forma uniforme, compartilham dos mesmos interesses, possuem o mesmo discernimento sobre as informações que são absorvidas, teoricamente, de maneira igual por todos os indivíduos e agem conforme essas mesmas informações de forma racional e, sem conflitos de interesses, atingem seus objetivos.
A análise da teoria neoclássica vê o capitalismo como um sistema de harmonia natural e vantagens universais, deixando de lado a perspectiva dos conflitos e da realidade social. Ela parte de situações hipotéticas de equilíbrio econômico, deixando de lado a polêmica social. Esse fator proporciona a crítica dos marxistas, que estabeleciam como ideia central a luta de classes, diferente dos neoclássicos que adotaram uma abordagem microeconômica, aonde a decisão do agente econômico (pessoa física ou