Teoria geral de sistemas
O enfoque do presente trabalho parte do ponto de vista de que o universo é formado por sistemas, estes, por sua vez, compostos por subsistemas, em algum grau e em certa medida, interagentes. Esta visão sistêmica da realidade se embasa na Teoria Geral de Sistemas (TGS). Nesse sentido, toda organização é um sistema, e cada departamento interno, um subsistema.
Ao longo do século passado, a ciência propôs uma nova maneira de se pesquisar, estudar e compreender o mundo, suas especificidades e relações. Da época da especialização, da análise e fragmentação do saber chegou-se à era da síntese, da visão global, da busca de interfaces e complementaridade das várias áreas do conhecimento, movimento otimizado durante a II Guerra Mundial, quando pensadores e técnicos de várias áreas passaram a trabalhar em equipe para solucionar os complexos problemas surgidos no período. É neste cenário que surge a Teoria Geral dos Sistemas (TGS), como um instrumento apropriado para lidar com a “complexidade organizada” e as idéias comuns subjacentes às várias disciplinas ou ciências.
O primeira menção à TGS deu-se em 1945 com Ludwig von Bertalanffy (1901-1972), biólogo austríaco, radicado no Canadá, que afirma:
O que pode ser obscurecido nesses desenvolvimentos – por mais importantes que sejam – é o fato de que a teoria dos sistemas consiste numa ampla concepção que transcende muito os problemas e exigências tecnológicas, é uma reorientação que se tornou necessária na ciência em geral e na gama de disciplinas que vão da física e da biologia às ciências sociais, e do comportamento à filosofia. É uma concepção operatória, com graus variáveis de sucesso e exatidão, em diversos terrenos, e anuncia uma nova compreensão do mundo, de considerável impacto (Bertalanffy, 1975, prefácio).
No mesmo prefácio, ele arremata:
Uma introdução a um campo de conhecimento que está rapidamente se desenvolvendo consiste em grande parte na história de seus