Teoria geral da administração
Partindo-se do princípio de que todas as organizações estão continuamente em mudanças (March, 1981), bem como seus ambientes (Taylor, 1985) podendo elas próprias redefinir, mudar e influenciar seu ambiente (Brown & Moberg, 1980) em causa própria, então, o processo de mudança é como se fosse um processo de aprendizagem (Beer, Eisenstat & Spector, 1990; Ferguson, 1980; Weisbord apud O'Connor, 1995), onde a organização está ininterruptamente reavaliando seus processos para detectar os pontos de acertos e aqueles pontos onde foram cometidos desvios.
O entendimento e a implementação de mudanças são matérias complexas e geralmente não-lineares (Rockart & Hofman, 1992). A maioria das mudanças organizacionais refletem simplesmente as respostas a forças demográficas, econômicas, sociais e políticas (March, 1981). A esse respeito, Miller (1994) observa que há muita confusão sobre quais fatores determinam a mudança. Existem pesquisadores que falam em dimensões do meio ambiente ou condições ambientais ou fontes de mudança ou categorias de causas da mudança. Para elucidar o assunto, abaixo estão listados alguns autores e os respectivos elementos que devem ser estudados em um processo de mudança e adaptação.
Um processo de mudança é algo muito mais amplo do que o puro entendimento das dimensões ambientais listadas acima. A mudança estratégica é antes de tudo um processo político que implica na modificação da distribuição de recursos e de poder pelos vários níveis ou unidades organizacionais (Hutt, Walker & Frankwick, 1995). A mudança deve ancorar-se em estratégias consistentes, senão sérios problemas podem ocorrer (Kotter & Schlesinger, 1979), pois estratégias desse tipo são ferramentas complexas e poderosíssimas para enfrentar as transformações que envolvem as organizações de hoje (Ansoff, 1984).
Para entender a conjuntura atual, Theobald (1994) alerta que se vive um novo tipo de turbulência ambiental, resultante da combinação de