Teoria do estabelecimento de metas
As metas estão sob os holofotes há bastante tempo no mundo do trabalho e, conseqüentemente, na Psicologia Organizacional e do Trabalho. Taylor, aquele mesmo do “estudo dos tempos e dos movimentos”, já discutia a importância de metas para o desempenho dos trabalhadores. Contudo, especificamente para a psicologia do trabalho, é a partir da década de sessenta, que os conhecimentos acerca do impacto das metas sobre o comportamento humano no trabalho alcançando uma maior sistematização. Neste período, aquilo que era um aglomerado de resultados, advindos de estudos isolados uns dos outros, passa a tomar forma de uma teoria.
Teoria do Estabelecimento de Metas - Locke e Latham
A teoria de Locke e Latham (1990), conhecida como Estabelecimento de Metas, baseada em estudos anteriores de Locke, afirma que metas afetam o desempenho na tarefa em três formas:
1° metas energizam o desempenho por motivar as pessoas para exercer esforços de acordo com a dificuldade ou demandas da meta ou da tarefa;
2° metas motivam as pessoas a persistir nas suas atividades durante o tempo, sendo que metas difíceis forçam o indivíduo a manter-se trabalhando por mais tempo do que metas fáceis;
3° metas claras e específicas direcionam a atenção para os comportamentos relevantes ou resultados. Os mecanismos de Esforço, Persistência e Direção atuam automaticamente no indivíduo no momento em que existe o comprometimento e há a decisão de se atuar para atingir a meta. Latham (2003) reitera que metas difíceis conduzem a desempenho superior do que metas fáceis, ou seja, mantendo habilidade constante e quando existe comprometimento com a meta, quanto maior for à meta maior será o desempenho. Variáveis tais como prêmios, feedback e envolvimento do indivíduo no processo decisório somente influenciam o comportamento porque leva a escolha e ao comprometimento com uma meta difícil e o estabelecimento de metas influência a escolha, o esforço e a persistência para descobrir