Teoria do Enquadramento e sensacionalismo
Acredita-se que os estudos de enquadramento possam ampliar a compreensão dos traços sensacionalistas na imprensa, para evitar as simplificações e generalizações desta abordagem. O jornalismo sensacionalista tem um viés pejorativo, sendo expressão de um jornalismo depreciado, consumido por classes subalternas, barato, sem qualidade, de mau gosto, popular, do tipo “espreme que sai sangue” (Angrimani, 1995).
“O sensacionalismo tem servido para caracterizar inúmeras estratégias da mídia em geral, como:
•a superposição do interesse público;
•a exploração do interesse humano;
•a simplificação; a deformação;
•a banalização da violência, da sexualidade e do consumo;
•a ridicularização das pessoas humildes;
•o mau gosto;
•a ocultação de fatos políticos relevantes;
•a fragmentação e descontextualização do fato;
•o denuncismo;
•os prejulgamentos
•e a invasão de privacidade de tanto de pessoas pobres e como de celebridades, entre tantas outras”
(AMARAL, 2006, p. 21).
Aspectos do sensacionalismo: a) como conteúdo, no caso uma ênfase à cobertura de casos de violência, sexo, escândalos privados, eventos bizarros e histórias humanas, entre outros;
b) como linguagem, carregando no exagero estilístico de suas expressões, imagens e narrativas para reforçar as situações citadas acima e estimular um apelo à sensorialidade;
c) como estratégia empresarial-mercadológica, em que a organização jornalística aplica conteúdos e linguagens sensacionalistas supondo que ambas são formas apropriadas para alcançar audiências ampliadas, vinculadas às classes populares.
Teoria do enquadramento:
Embora o termo frame tenha sua origem nas referências aos enquadramentos das imagens na fotografia e no cinema, será sua aplicação como