Tragdia a histria de jovens uruguaios que sobreviveram a um acidente na cordilheira dos Andes Numa sexta-feira 13, em outubro de 1972, jovens jogadores uruguaios de rgbi se divertiam no bimotor que fretaram da Fora Area. O time iria disputar um amistoso em Santiago, no Chile. Dias depois, perdidos na cordilheira dos Andes, se alimentariam dos corpos dos colegas de viagem. Texto Tiago Cordeiro 11/04/2013 18h16 A histria comeou no dia 12 de outubro. A tripulao saiu de Montevidu, com destino a Santiago do Chile, mas, com o tempo muito ruim para atravessar a cordilheira dos Andes, parou para uma escala forada na cidade argentina de Mendoza. O voo foi remarcado para o dia seguinte, s 12h30. Os pilotos, Julio Ferrdas e Dante Lagurara, tentaram adiar a partida mais uma vez. Ao que os militares presentes responderam Ustedes son unos maricones. Por volta de 15h30, os pilotos pediram que os passageiros apertassem os cintos. O avio perdeu altitude uma primeira vez. Na segunda, foi arremessado contra uma montanha e explodiu. O rombo no casco foi preenchido pela neve.Num primeiro momento, fez-se silncio dentro da aeronave. Segundos depois, os sobreviventes, na maioria apenas com ferimentos leves, comearam a chorar e gritar. Havia sangue e corpos mutilados. Uma hora depois, a noite caiu. Naquele ponto, a 4 mil m de altitude, a temperatura chegava a -30 C. Encolhidos, os jovens se abraaram dentro do casco. O avio estava na regio de Los Maitenes, do lado argentino dos Andes - os sobreviventes, tal como a equipe de resgate, acreditavam que o acidente havia acontecido do lado chileno. Antes da queda, os pilotos haviam informado a torre de comando que estavam sobre da localidade de Curico, um dado errado (o avio caiu a 90 km do local informado torre de controle, em Santiago do Chile).Nenhum militar estava vivo. Os sobreviventes eram jovens, na casa dos 22 anos, filhos da classe mdia alta uruguaia. Enquanto as buscas comeavam no lugar errado, os menos feridos faziam um levantamento