RESENHA
Praças, parques e jardins no contexto dos centros urbanos remetem diretamente às questões do espaço público e da vida pública, que por sua vez, nos dizem sobre acessibilidade e apropriação desses espaços que são concretos e referem-se à política e a cultura. A praça no Brasil caracteriza-se como espaço público, coletivo e multifuncional.
Em Projeto da Praça: convívio e exclusão no espaço público (2008), Sun Alex, doutor em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) faz uma análise de seis praças localizadas na cidade de São Paulo, relacionando a influência do paisagismo norte-americano no desenho dos espaços públicos brasileiros. Propõe, com lucidez, alternativas para ampliação de uso, acesso e integração com o entorno.
Sun Alex presume “que o convívio social no espaço público está intimamente relacionado às oportunidades de acesso e uso”, e exerce procedimentos habituais do ofício de arquitetos, urbanistas e paisagistas, incluindo pesquisa histórica, análise do contexto, levantamento da situação existente, observação de usos, identificação de conflitos entre projeto e uso, elaboração de alternativas e verificação de propostas. O autor deixa evidente a importância instrumental do uso do desenho e da fotografia para registro e reprodução, e como fonte para reflexão sobre usos e acessos atuais, entorno e tecido urbano, projeto e não conformidades das praças analisadas, para possibilitar a representação de suas propostas alternativas de intervenções que visam melhorar os aspectos negativos das praças analisadas.
Localização das seis praças analisadas por Sun Alex - Largo do Arouche (adaptação do jardim público do início do século XX), Praças Dom José Gaspar (concluída em 1944), Júlio Prestes (1999), da Liberdade (1975), Santa Cecília (1983) e Franklin Roosvelt (1970).
Especialista em paisagismo e