Teoria do conflito

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Grande parte das exposições acerca do funcionamento e evolução das sociedades globais, que a sociologia oitocentistacriou, assentam na ideia da existência de um conflito permanente, que funciona como uma espécie de promotor dodesenvolvimento. Desde logo, com o chamado darwinismo social, de Herbert
Spencer, criou-se a ideia de que associedades mais avançadas são aquelas que tiveram, de facto, condições para se adaptarem, o que lhes permitiu oalcance de tal condição, sendo que muitas outras se extinguiram pela incapacidade de se adaptarem; e, por outro lado,através do designado materialismo histórico, de Marx, criouse a ideia de que a história das sociedades se repete numconstante conflito entre classes, entre detentores e não detentores de meios de produção. Para ele, a sociedade estaria reduzida a relações materiais de produção, em que os detentores dos meios de produção eram também os detentores do poder político, que cristalizavam e legitimavam exclusivamente em favor próprio; o processorevolucionário, de certa forma ilusório, tenderia apenas a mudar aqueles que comandavam a sociedade, porque, assimque outro grupo social adquirisse os meios de produção, apropriar-se ia de imediato de todas as formas de poder. Naperspetiva marxista, o conflito apenas desembocaria num processo diferente quando as classes trabalhadoras - oproletariado - impusessem uma ditadura e alcançassem o poder, coletivizando os meios de produção e abolindo a propriedade privada.
A sociologia funcionalista é hoje uma das mais difundidas nas sociedades capitalistas, em primeiro lugar nos Estados Unidos. O pensamento de Émile Durkheim foi retomado e desenvolvido especialmente por dois sociólogos americanos, Robert K. Merton e Talcott Parsons, sem dúvida os maiores responsáveis pelo desenvolvimento do funcionalismo moderno.
O funcionalismo, ao analisar qualquer elemento de um sistema social, procura saber de que maneira este elemento se relaciona com os outros elementos do

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