OS CONFLITOS E SUA HISTÓRIA NAS TEORIAS ORGANIZACIONAIS
Conforme o autor Dias (2009), a Sociologia surgiu no século XIX sendo resultado de transformações ocorridas nas sociedades ocidentais, provocadas principalmente pela Revolução Industrial. As organizações industriais impunham novas formas de relacionamentos humanos e a Sociologia enquanto ciência surgiu para ajudar a interpretar esses relacionamentos e propor alternativas.
Os teóricos clássicos, que tratam sobre a questão do conflito, geralmente comparavam as organizações a máquinas e imaginavam o conflito como um sintoma de pane (WAGNER; HOLLENBECK, 2009). Assim, as principais abordagens das teorias organizacionais sobre conflito, são as de Karl Marx, Max Weber, Talcott Parsons e Ralph Dahrendorf, que nos permite entender como o tema era tratado.
Na abordagem Marxista, a abordagem clássica de Karl Marx entende o conflito como um motor para mudança social. Conforme o autor Dias (2009), Karl Marx define a sociedade em duas classes, sendo uma dominante, que detêm os recursos produtivos e outra trabalhadora, submetida a exploração da primeira. Esta classe dominante impõe sua ideologia sobre a outra que, ao tomar consciência disso, instauram o conflito. Essa tomada de consciência só ocorre quando a classe explorada se constitui como classe em si. Para o teórico, a sociedade é um cenário de enfrentamento onde grupos rivais que disputam recursos escassos.
Segundo Campos e Borinelli (2012), Karl Marx desenvolveu uma visão de contradição entre trabalho e capitalismo, em que o trabalhador que não é remunerado de forma justa terá que se submeter a um valor adicional de trabalho para conseguir comprar os bens que produziu, enquanto empregado. Para Marx é esse tipo de conflito que move a sociedade e o capital econômico.
Na abordagem de Max Weber, se para Karl Marx o conflito possui base essencialmente econômica, para Weber ele está, também, relacionado a disputas de