Teoria das Linhas Puras
A visão de que a variação na hereditariedade era contínua foi defendida, por exemplo, pelos biometricistas, Karl Pearson (1857-1936) e Walter Frank Raphael Weldon (1860-1906) que reivindicavam a existência de um espectro contínuo de pequenas variações (RollHansen, 1978). Biometricistas, como Pearson e Weldon, argumentavam que a seleção de variações contínuas poderia alterar a média de uma população dentro de poucas gerações, permitindo o aparecimento gradual de novas características populacionais (Kim, 1991). Por outro lado, havia estudiosos que atribuíam mais importância, em diferentes graus, às variações descontínuas, como, por exemplo, William Bateson (1861-1926) e Hugo de Vries (1848-1935) (Falconer,1992; Roll-Hansen, 1989; Araújo, 2001). A terminologia proposta por Johansen (gene, genótipo e fenótipo) foi adotada tanto pelos mendelianos como pelos biometricistas. Johannsen acredita que os caracteres (fenótipo) variam continuamente, mas a hereditariedade (genótipo) varia descontinuamente. Embora as idéias biométricas perdessem força pelo desenvolvimento das idéias mendelianas, as técnicas matemáticas desenvolvidas pelos biometricistas contribuíram para o desenvolvimento da genética. Outra discussão associada à qualidade das variações nos processos hereditários ocorria entre pesquisadores que defendiam uma postura fisioquímica da herança, entre eles Johannsen. Ainda, havia aqueles que defendiam uma herança particulada, na qual se inclui a teoria cromossômica da herança, em que a hipótese é que o material genético estava contido nos cromossomos. Wilhelm Ludvig Johannsen (Helsingør, 3 de Fevereiro de 1857 - Copenhaga, 11 de Novembro de 1927) foi um botânico dinamarquês, fisiologista vegetal e geneticista. Em 1909 criou o termo gene. Também desenvolveu a Teoria das Linhas Puras, observando que a seleção só era efetiva quando baseada em diferenças genéticas (genótipo), e não ambientais (fenótipo).
Teoria das Linhas Puras
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