Melhoramento de Plantas Autógamas por Seleção
PLANTAS AUTÓGAMAS
POR SELEÇÃO
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INTRODUÇÃO
A seleção é uma das principais ferramentas do melhorista independente do tipo de método de melhoramento utilizado. A seleção é utilizada tanto no melhoramento de espécies autógamas como de alógamas. Um bom melhorista deve possuir uma refinada capacidade de selecionar indivíduos superiores dentro de uma população de plantas geneticamente diferentes.
Neste capítulo vamos estudar as bases genéticas da seleção no melhoramento de plantas autógamas e estudar os métodos de melhoramento de autógamas baseados somente em seleção.
ESPÉCIES AUTÓGAMAS
Como visto no capítulo 4, espécies autógamas são aquelas que tem uma alta taxa natural de autofertilização (acima de 95%).
Como exemplo de espécies autógamas de importância econômica, podemos citar: arroz, aveia, cevada, trigo, feijão, soja, tomate, entre outras. As espécies autógamas podem ser melhoradas através da
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Bespalhok, Guerra e Oliveira introdução, seleção e hibridação.
No melhoramento de plantas autógamas, o principal conceito que devemos entender é o de LINHAS PURAS. A maioria das cultivares de espécies autógamas é formada por linhas puras e o objetivo geral do melhoramento de autógamas é obter LINHAS
PURAS SUPERIORES.
TEORIA DAS LINHAS PURAS
O biologista dinamarquês W.L. Johannsen desenvolveu a teoria de linhas puras, após estudos realizados com feijão, publicados em 1903 e 1926.
Os experimentos de Johannsen tratavam do efeito da seleção no peso de sementes de feijão da variedade Princess, uma espécie autógama. Inicialmente ele observou que progênies provenientes de sementes mais pesadas apresentavam maior peso médio, enquanto que as derivadas de sementes mais leves apresentavam peso médio menor. Continuando seus experimentos, Johannsen semeou 19 sementes de um lote desta variedade (Figura 6.1). Ele chamou essas sementes de “sementes mães”. Através da semeadura de progênies das 19 sementes mães, ele obteve 19