Melhoramento florestal
As plantas têm uma grande importância para a humanidade. Utilizamos as plantas diretamente na nossa alimentação e indiretamente para alimentação de animais que fornecerão alimento. Podemos afirmar que o homem depende das plantas para sua sobrevivência. Além disso, as plantas também são utilizadas como vestimenta, energia, habitação, ornamentação e remédio. O melhoramento genético de plantas surge a partir da necessidade de atender a demanda populacional na produção de alimentos para o mundo todo. A seleção é uma das principais ferramentas do melhorista independente do tipo de método de melhoramento utilizado. A seleção é utilizada tanto no melhoramento de espécies autógamas como de alógamas. Um bom melhorista deve possuir uma refinada capacidade de selecionar indivíduos superiores dentro de uma população de plantas geneticamente diferentes. O presente trabalho tem como objetivo identificar os principais métodos de seleção no melhoramento de plantas, tanto em autógamas, quanto em alógamas. Alguns métodos ocorrem para ambos tipos de plantas.
2 PLANTAS AUTÓGAMAS
As plantas autógamas são aquelas que realizam preferencialmente autofecundação (acima de 95%). A autofecundação ocorre quando o pólen (gameta masculino) fertiliza um óvulo (gameta feminino) da mesma planta. Apesar de preferencialmente realizarem autofecundação, pode ocorrer uma baixa taxa de fecundação cruzada nas espécies autógamas. Esta freqüência depende da população de insetos polinizadores, intensidade do vento, temperatura e umidade. As plantas autógamas são caracterizadas pela homozigose. Uma população de plantas autógamas é representada por uma ou várias linhas puras. Como exemplos de espécies autógamas podem citar: arroz, aveia, cevada, feijão, fumo, soja, tomate, trigo. As plantas autógamas desenvolveram alguns mecanismos que favorecem a autofecundação. Na soja ocorre a cleistogamia, ou seja, a polinização do estigma ocorre antes da abertura do botão foral ou