teoria das elites
A teoria das elites é um instrumento de afirmação das lideranças políticas que, por sua origem e formação, possuem a arte de comandar e atribuem-se o direito de governar as massas populares, que por sua condição social e histórica, não estão aptas a governar. A força política desta teoria veio do projeto de liberalismo, que se consolidou sobre um discurso de separação entre o econômico e o político, fazendo do Estado uma instância neutra de garantia dos direitos das partes.
A sustentação desse elitismo é o individualismo que, assim como prepara o indivíduo para a sociedade de consumo, fazendo-o pensar que realmente escolhe os produtos que pretende consumir, constrói sob a democracia burguesa a crença de que o indivíduo escolhe o seu governante livremente a cada eleição.
A desigualdade econômica torna a luta política desigual, pois debilita a participação das classes trabalhadoras no processo democrático burguês, isso porque a base do sistema moderno de democracia representativa está na formação da opinião pública e, na sociedade capitalista o poder econômico pode determinar o processo de formação de opinião, tanto que os grupos dominantes se empenham em controlar os meios de comunicação.
Os líderes da classe operária são chamados para defender a estrutura de poder vigente, pois são dirigentes de um grupo subalterno que não saberia sair da fase o primitivismo, pois ainda não teria conquistado a consciência de sua força e das suas possiblidades e modo de desenvolvimento. A esse processo de migração dos elementos mais capazes de organizar e dirigir um movimento nas classes subalternas, que são levados em determinado momento de sua vida política a deixar seu posto e a defender a ordem existente Gramsci deu o nome de transformismo.
O centro das preocupações de Gramsci é o problema da emancipação política e cultural das classes trabalhadoras. Suas reflexões resultam da experiência nos Conselhos de