teoria das elites
Pareto
Existem 3 autores principais que explicam a teoria das elites. São eles Mosca, Pareto e Michels. Para Pareto haveria em todas as esferas, em todas as áreas de ação humana, indivíduos que se destacam dos demais por seus dons, por suas qualidades superiores. Eles compõem uma minoria distinta do restante da população — uma elite. O termo, como se vê, tem um sentido classificatório, designando uma aristocracia, isto é, os melhores de cada atividade. Para ele as aristocracias não são eternas, elas seriam substituídas por outras, em um processo contínuo que o autor chama de circulação das elites. É a circulação das elites que asseguraria o equilíbrio e a longevidade do corpo social. Quando a circulação cessa, ou se torna demasiado lenta, o que se observa é uma degeneração da elite. Ela passa a concentrar elementos de qualidade inferior, ao mesmo tempo que, abaixo dela, nas camadas inferiores, ocorre um acúmulo de indivíduos de traço superior. Conforma-se, assim, um quadro sério de perturbação e crise, propício à derrubada violenta da elite governante, à sua substituição por via de uma revolução.
De fato, haveria em todas as sociedades, ao longo do tempo, uma luta constante entre a elite no poder e os grupos dele excluídos. Não se trata, porém, de uma luta de classes, como acreditavam os marxistas, e sim de uma luta de elites. Uma revolução socialista nada mais seria do que a substituição de uma elite burguesa capitalista por outra socialista. Longe de ser igualitária, conforme se propalava, a sociedade socialista, como todas as demais, seria também dominada por uma elite.
Não poderia, desse modo, haver um governo das massas, um governo em que fosse soberana a vontade popular. Todo governo seria de uma minoria e nem mesmo a imposição do sufrágio universal (direito de voto) seria capaz de alterar esse quadro. A tese democrática não teria base real.
Mosca Para ele, um dos aspectos mais óbvios de todos os organismos políticos, era o