teoria da elite
Em toda sociedade existe sempre, e apenas uma minoria que, por variadas formas, é detentora do poder em contraposição a uma maioria que dele está privada.
Entre todas as formas de poder, e particularmente o poder econômico, o poder ideológico e o poder político é que constroem a diferença entre as elites e a maioria das pessoas.
Surgiu a teoria das elites e se desenvolveu pela especial relação mantida entre as elites políticas e o Estado. E essa teoria pode ser redefinida como bem esclarece Bobbio, segundo a qual, em cada sociedade, o poder político pertence ao restrito círculo de pessoas que toma e impõe decisões válidas para todos os membros do grupo, mesmo que tenha que recorrer à força, como ultima ratio.
A formulação clássica da teoria das elites é reputada a Gaetano Mosca nos “Elementi di scienza politica”, obra de 1896, que identifica em todas as sociedades, desde as mais primitivas até as sociedades mais evoluídas, a existência das classes dos governantes e dos governados.
A 1ª é sempre menos numerosa e cumpre as funções públicas, monopoliza o poder e goza das vantagens a ele inerentes, enquanto que a classe dos governados é numerosa, embora dispersa e desunida é dirigida e regulada pela 1ª classe, de modo razoavelmente legal ou de modo razoavelmente arbitrário e violento, fornecendo a esta, pelo menos de modo aparente, os meios materiais de subsistência e os que são necessários à vitalidade do organismo político.
A riqueza do termo “elite” remonta a Pareto, que alguns anos depois, por influência de Mosca, enunciou a tese segundo a qual em toda sociedade há uma classe “superior” e que detém geralmente o poder político e o poder econômico à qual se deu nome de aristocracia ou elite.
Todos os escritores da concepção realista de política certamente já evidenciaram a existência de governantes e governados, e mesmo Mosca reconheceu ter tido alguns precursores e, entre estes, Saint Simon,