Teoria das elites ou elitismo
RESUMO: O artigo trata da exposição da chamada teoria das elites, a partir das visões de seus precursores, os italianos Pareto e Mosca e o alemão Michels, que como teoria científica política surgiu com forte carga polêmica antidemocrática e anti-socialista, que refletia o grande temor das classes dirigentes dos países onde conflitos sociais eram ou estavam para se tornar mais intensos. PALAVRAS- CHAVES: democracia; teoria das elites; desigualdade política.
ABSTRACT: The article proposes to address exposure of so-called theory of elites, from the precursors, the italians Pareto and Mosca, and the german Michels, as a scientific theory that has emerged with strong political load undemocratic and anti-socialist, which reflected the great fear of the ruling classes countries where social conflicts were to become more intenses. KEYWORDS: democracy; theory of elites; political inequality.
INTRODUÇÃO No contexto da política democrática do inicio do século XX, quando a desigualdade é questionada, que se reerguem as vozes dos que afiançam que ela é "natural" e "eterna" – o que talvez seja a definição mais simples do elitismo. No seu sentido corrente, o elitismo pode ser descrito como a crença de que a igualdade social é impossível, de que sempre haverá um grupo naturalmente mais capacitado que deterá os cargos de poder. Essa idéia não é novidade: Tanto Platão quanto Lipset entregariam a política a especialistas. O primeiro, a filósofos de rigorosa formação, que tendo aprendido a Verdade, seriam dali por diante guiados exclusivamente por Ela. O segundo, a políticos profissionais, que seriam guiados por suas experiências... (FINLEY 1988, p. 20). A palavra "natureza" é crucial: para o elitismo, a desigualdade é um fato natural, isto está na raiz da atração que o pensamento elitista tem sobre aqueles que ocupam posições de elite. Em vez de estarem nessas posições por mero acaso, de contingências ligadas à