teoria da regulação e territorio
A problemática da regulação, que surgiu na França na década de 70, logo se disseminou para outros países, principalmente com os anglo-saxões. O nome “regulação” vem do francês régulation, que possui um significado biológico de como o modo de evolução é determinado pelo conjunto, mas, ao traduzir-se para o inglês regulation, que significa conjunto de regras institucionais, tem-se uma quebra no sentido principal da palavra. Ao contrário das correntes de pensamento econômicas anteriores, a Teoria de Regulação nasceu de uma necessidade de interdisciplinariedade de todas as formas de pensamento anteriores, buscando uma crítica construtiva para resolução dos problemas que surgiam na época. Ela herdou da teoria marxista, como por exemplo, a idéia de conflito de interesses dos agentes econômicos e visão histórica dos modos de produção. Através de estudos de direito e de ciências política, a Escola de Regulação pôde constatar os principais motivos das grandes crises, reflexo das instituições e suas formas de organização que, posteriormente, poderiam estudar o início, o desenvolvimento e o fim das formas institucionais, estudando sempre a relação entre o individuo e a sociedade. Dois grandes conceitos, habitus e campo, são particularmente adaptados ao projeto da escola de regulação. Habitus é a disposição dos indivíduos, no sentido de “jogar o jogo”, sendo assim alvo de análise da lenta transformação dos modos de regulação. Para o autor, existiam algumas insatisfações que culminaram na criação do pensamento regulacionista: as teorias dominantes de crescimento da época, que atribuíam a alguns fatores adicionais o crescimento do capitalismo, ao contrário do pensamento da Escola de Regulação, que acreditava que os fatores seriam internos, numa espécie de “motor”, que contribuía para o crescimento e firmação do capitalismo. A segunda insatisfação seria o desenvolvimento do marxismo na década de 60,