ver pelo desenho
USP – DESENHO
JULIANA DA MATA SANTOS
SÃO PAULO, 31 DE MARÇO DE 2014.
Pode-se observar no início do livro “Ver pelo desenho” que o autor tenta por meio de exemplos mostrar a maneira como o traço é usado para não só representar, mas também como auxiliar importante no método de explicação de algo. Mostra-se também de maneira introdutória (dado que no decorrer do livro ocorre um aprofundamento na análise) a importância da visão como ferramenta de expressão.
Posteriormente o autor busca explicar a formação do desenho e as diferentes percepções que podem ser elaboradas a respeito desses. Através de diferentes técnicas e execuções pode-se elaborar desenhos com milhares de propósitos e sentidos, levando a diversas funcionalidades de expressão quanto comunicação.
O desenho pode, também, ser utilizado para analisar um todo minuciosamente, colocando assim todos os elementos com mesma importância.
Ao tratar da percepção percebe-se que o que o artista executa e vê não é o mesmo que o expectador percebe, ou seja, um pintor ao pintar um quadro não vê nem pinta as figuras presentes independentemente, ele as vê como parte de um todo que a cada pincelada aleatoriamente pensado forma, como resultado final uma determinada cena. Todavia essa cena representada não é a realidade pura e simplesmente, mas sim a visão do artista da cena. Assim nota-se que o expectador nunca verá a realidade de fato, mas sim uma interpretação da mesma pelo artista que irá gerar em cada indivíduo uma percepção diferente.
Com o intuito de aprofundar-se no estudo do desenho o autor começa a analisar cada aspecto desse, iniciando pelo traço que é analisado de três maneiras distintas: linha objeto, linha contorno e textura. Linha objeto se caracteriza quando os traços em sim formam a figura desejada, sendo essa normalmente mais sutis e em formas de fios, como uma corda, uma haste. Já a linha contorno caracteriza figuras