Teoria da mudança linguística
introdução: o problema
Desde que iniciamos o nosso grupo de pesquisa, “Programa para a história da língua portuguesa”, nos inícios da década de noventa do século passado, uma questão se colocou para o grupo, no momento em que deveria se apresentar ao CNPq, a fim de solicitar um Projeto
Integrado . A questão era a seguinte: que teoria adotar se já havia no grupo descritivistas, variacionistas e gerativistas . Com o correr do tempo, incluíram-se funcionalistas . Que decisão tomar quanto a essa questão? Decidimos, coletivamente, que não trabalharíamos para a reconstrução histórica da língua portuguesa com uma única teoria e seu respectivo método . Cada pesquisa/projeto dos componentes do grupo explicitaria a sua teoria e o seu método, partindo sempre, contudo, de uma base descritiva . Assim se fez! E se faz!
Em 1996, Ataliba Teixeira de Castilho, começou a elaborar o
“Projeto para a história do português brasileiro”, PHPB .
Então voltou a ser colocado o mesmo problema ou questão: o da teoria e seu método . A solução que vem sendo seguida é a que adotamos em nosso grupo, o PROHPOR: há nas equipes regionais que compõem o Projeto descritivistas, gerativistas, variacionistas, funcionalistas e, mais recentemente, os que pesquisam sobre “Tradições discursivas”, de orientação alemã . Basta que se examinem os livros publicados, a partir dos seminários bianuais do PHPB, ao todo sete
(São Paulo, Campos do Jordão, Campinas, Teresópolis, Ouro Preto,
Salvador/Ilha de Itaparica e Londrina, este último a ser publicado), para que se verifique o que acima afirmamos.
Para estudar o passado de qualquer língua, faz-se necessário o uso de textos bem editados, uma vez que se trata de edições para estudos lingüísticos de tempos pretéritos . Assim a Filologia se fez presente no PHPB: no Seminário de Campos do Jordão, um grupo, 40 Revista de Estudos