Linguistica histórica
O livro Linguística histórica: uma introdução ao estudo das línguas, Parábola editorial, 2005, de Carlos Alberto Faraco, faz uma apanhado geral da disciplina, a partir da explicação de seus principais conceitos. Dos 6 capítulos do qual o livro é composto, apenas os 4 primeiros serão discutidos aqui. O primeiro capítulo – Primeiras Palavras – traz uma apresentação da obra indicando o público alvo, que são os estudantes de graduação em letras e apresenta o objetivo, que é oferecer-lhes um panorama da disciplina e despertar-lhes o interesse pela história da língua. Ainda no primeiro capítulo, o autor apresenta a estrutura do livro, faz um resumo de cada capítulo e explica a diferença entre Lingüística histórica e histórica da lingüística. No capítulo 2 - A percepção da mudança – Faraco mostra para o leitor que as línguas sofrem mudanças ao longo do tempo, embora devido à lentidão com que elas ocorram, os falantes normalmente não percebem isso. Essa sensação de estabilidade dá-se principalmente em culturas que operam com a língua escrita, pois esta funciona como um “ponto de referência para a imagem que os falantes constroem da língua” sendo mais conservadora que a língua falada. Devido a essas mudanças serem pouco perceptíveis, o autor mostra exemplos, para ilustrar como elas ocorrem na nossa própria língua. Ele apresenta textos do português medieval, onde fica bem claro para o leitor que nossa língua sofreu profundas mudanças no decorrer dos séculos.
Faraco ainda descreve que os primeiros sinais de mudança na língua, geralmente são vistos de maneira negativa, principalmente pelas classes socioeconômicas mais altas. Essas mudanças, que na maioria das vezes começam a ocorrer na língua falada por grupos de baixo prestigio social, são estigmatizadas como “erradas”, “feias” e “impróprias” pelos grupos de posições social, econômica, e cultural mais privilegiadas. Então o lingüista acrescenta que todas as línguas são compostas por