Linguística Histórica
RESUMO Capítulo 2 – A percepção da mudança
(FARACO, Carlos Alberto. Lingüística Histórica. São Paulo: Ática. 1991)
Neste texto Faraco afirma que as línguas mudam com o passar do tempo, alterando-se continuamente. E é dessas mudanças que contitui-se o objeto de estudo da Linguística Histórica. Focado neste objeto, o autor descreve as mudanças na língua, como elas acontecem, como são percebidas, e ainda compara a língua escrita e a falada, diferenciando mudança e variação. As línguas sempre estão em transformação, sem, no entanto, perder sua organização e o seu entendimento. Essa mudança ocorre de forma lenta, por isso muitas vezes não é percebida por seus falantes, mas somente no decorrer da história. Um exemplo, dado por Faraco, dessa percepção é um diálogo entre pessoas de faixa etária diferentes ou a leitura de um texto antigo. Há também uma língua padronizada, criada pelos letrados e ensinada nas escolas, que é a gramática. Essa, por sua vez, apresenta uma maior constância e permanência se comparada as outras variedades da língua. Segundo o autor existem duas formas de percepção das mudanças: em tempo real, que são percebidas em uma língua no decorrer do tempo; e as em tempo aparente, que é possível detectar mudanças no tempo presente. Essas mudanças podem ser percebidas de diversas formas ao fazer uma comparação entre classe social, faixa etária, grupo e região diferentes. Um exemplo disso é a ocorrência da marca de plural na fala de pessoas de classe média alta e classe média baixa. É mais comum a primeira classe dizer “os livros velhos” e a segunda dizer “os livro velho”. Essas situações podem fazer com o falante perceba a mudança ocorrendo em sua língua. Na maioria dos casos, essas mudanças são originadas por gerações mais jovens ou por classes socioeconômicas mais baixas. Porém, não é