RESENHA LINGUÍSTICA HISTÓRICA
O capítulo 5, “A lingüística histórica” do livro “Para entender a lingüística” do autor Robert Martin, professor emérito da Universidade de Paris-Sourbonne, professor de lingüística geral e lingüística francesa, inicia o quinto capítulo apresentando argumentos que sustentam a idéia das mudanças que ocorrem nas línguas, ressaltando o português, e mostra-nos como essa evolução da língua é adaptada às necessidades de uma comunidade que também passa por uma série de transformações, pois o que ocorre é só a substituição de um determinado termo por outro.
E certifica que o estudo da história do português, é essencial, se opondo ao estruturalismo, que afirma ser importante para os falantes uma comunicação na qual haja interação, negociação e expressão, sem precisão de um estudo muito extenso sobre a origem do modo como falamos atualmente.
Ele aponta-nos a história como elemento principal para tornar uma sociedade mais coerente; para que ela possa criar com isto um sentimento de identidade.
No sub tópico 1.2 Compreender a língua por sua história, o autor ressalta a não-composicionalidade da língua, ao citar a locução meter-se em camisa de onze varas, pois neste caso não adianta sabermos o sentido de (meter, camisa, vara); já que torna-se impossível deduzir delas o sentido de “colocar-se em apuros”, reforçando que há situações que somente a história lingüística e seus recursos pode fornecer-nos.
Segundo o autor, a locucionalidade ou congelamento, apodera em todas as línguas um lugar considerável, sendo a opacidade dela resultante, penetrável apenas por caminhos muito afastados da explicação sincrônica, tendo a visão histórica se estabelecendo sob a língua mesmo na abordagem da língua contemporânea.
O autor também afirma que os “verbos irregulares”, a morfologia “irregular” só podem ser entendidos por meio da história.
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