Resenha do livro linguistica historica
Faculdade de Letras
Cecília Valle Souza Toledo
Resenha
FARACO, Carlos Alberto. Linguística histórica: uma introdução ao estudo da história das línguas. São Paulo: Ática, 1991. 136p. (Serie Fundamentos nº 78)
Com um título claro e objetivo, a obra de Faraco demonstra, logo na capa, qual será o seu tema principal. Buscando explicar a linguística histórica, o autor utiliza as mudanças ocorrentes nas línguas em um espaço do tempo como o seu principal objeto de estudo. Para isso, ele argumenta de maneira teórica e expositiva sobre como as transformações linguísticas influenciam e sofrem influências estruturais e extralinguísticas. Logo no início, Faraco afirma que um falante comum, isto é, um falante que não conhece a língua de maneira científica, não percebe, facilmente, que há mudança linguística. Isso acontece, porque elas não mudam de forma repentina, e sim, lentamente, continuamente. Além disso, essas alterações linguísticas ocorrem de maneira gradual, ou seja, em partes da língua. Sendo assim, a linguagem, em seu percurso histórico pode passar por mudanças, fonéticas-fonológicas, sintáticas, semânticas, lexicais, morfológicas e pragmáticas, que se interagem com o meio e entre si. A interação com o meio se dá pela história externa das línguas, que visa analisar fatores culturais, sociais e econômicos de um determinado grupo. A obra também possibilita ao leitor a percepção de que a linguística histórica é uma ciência que na tentativa de descrever os fenômenos de mudança na língua, busca diversos sistemas teóricos. O autor cita duas concepções “gerais” da linguagem. A primeira a considera como um objeto autônomo e entende que a mudança é gerada por meio de configurações do sistema. A segunda afirma que a linguagem está relacionada com a cultura e com a história de uma sociedade, e então a mudança ocorre por meio de ações dos falantes. Para finalizar o livro, Faraco contextualiza