semantica

O TEMPO DOS VERBOS NO PORTUGUÊS, REFERENCIAÇÃO E DISCURSO, SEMÂNTICA FORMAL, Ronaldo de Oliveira Batista
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RESENHAS
O TEMPO DOS VERBOS
NO PORTUGUÊS
MARIA LUISA MONTEIRO SALES CORÔA
REFERENCIAÇÃO E DISCURSO
INGEDORE VILLAÇA KOCH ET AL.
SEMÂNTICA FORMAL
ANA LÚCIA MÜLLER ET AL.
Ronaldo de Oliveira Batista*
* Professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Educação da Universidade Presbiteriana Mackenzie. E-mail: [e-mail]. reflexão sobre o significado lingüístico e seus fenômenos é parte da tradição intelectual do Ocidente. O que é o significado de uma palavra, de um texto? Como os sentidos se formam por meio das línguas? Perguntas como essas sempre fizeram parte do imaginário do homem em busca de respostas para o entendimento do que são as línguas e a linguagem humana. Mas essa longa história nem sempre garantiu espaço privilegiado para as questões do sentido, do significado, da significação, compreendidas de forma ampla pelo campo de estudos chamado de semântica, área da Lingüística com uma história envolvida em obscuridade, desprestígio e também em destaque, resultados poderosos, associação com a filosofia e, enfim, prestígio acadêmico.
Essa tumultuada história da semântica reconhece períodos de grande diversidade teórica e metodológica. No século XIX, por exemplo, o foco estava voltado para perspectivas históricas, como as alterações dos significados lexicais ao longo da evolução das línguas. Em outros momentos da lingüística, foram os fenômenos da semântica lexical (como a homonímia, a polissemia, a antonímia, a sinonímia) que estiveram no centro da reflexão, com preocupações muito mais sincrônicas que diacrônicas. Já em outros estágios, abordagens semânticas eram vistas com desconfiança; o quadro estruturalista, em seus primeiros momentos no século XX, não definiu com exatidão o papel que o estudo do significado teria numa teoria que procurava, de forma explícita, as relações nos sistemas lingüísticos. Formou-se,