Teoria da Historia: Continuidade e Descontinuidades
BARROS, José D’Assunção. Teoria da história: Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
Edro Tenório
Apesar de falar em “paradigma da descontinuidade histórica” o autor não nos apresenta algo definido, conceituado, fala de Foucault e outros sem mostrar suas linhas de pensamento, elabora de forma vaga uma visão que concisa de um tempo histórico que corresponde a aproximadamente dois séculos. Seu texto remete a uma escrita não didática, onde o enunciado se da através de idéias que o autor sugere a um publico que já tenha uma familiaridade com o tema e autores abordados. Porém, em sua análise sobre a critica que Nietzsche faz a História é em grande parte muito esclarecedora e traz a perspectiva da relado do filósofo com o conhecimento histórico.
Sobre as implicações atribuídas a critica do filosofo em se pensar uma consciência sobre a consciência da História, D’Assunção nos apresenta um homem cujos propósitos estão além do seu tempo, que procura como alvo de suas criticas uma História mecanicista, que limitasse a seguir um padrão linear que tem nas grandes figuras o seu cerne maior, o que o autor coloca em seu texto como o que Nietzsche chamará de excesso da História, algo que Nietzsche via como uma patologia social. Outro ponto que D’Assunção nos faz refletir é que o mesmo sendo o filósofo um duro critico a historiografia que exaltava os homens e seus grandes feitos, Nietzsche irá extrair uma perspectiva peculiar sobre a importância da presença de grandes homens na História. Para Nietzsche, segundo D’Assunção, a História dos grandes homens que viviam e pensavam além do seu tempo e que não seguiam uma linearidade cronológica do modelo historiográfico, deveriam, sim, servir de exemplo ou ter um significado maior na História.
Com uma visão muito clara sobre seu tempo, D’Assunção irá falar que Nietzsche opõe-se a esse modelo positivista e tradicional de uma historiografia linear e direciona seu pensamento em uma historiografia que