A Longa Duração
A Longa Duração
Arapiraca, 2013
A Longa Duração
Edro Tenório
Braudel começa o seu texto problematizando sobre se há uma crise geral nas ciências humanas? O que o autor nos passa é uma relato do conflito que vive as Ciências Sociais. Com o desejo de se afirmar umas perante outras, as ciências sociais veem-se agora em uma nova época, onde estar em jogo a sua própria finalidade enquanto ciência, o quão grande são os seus limites e até onde sofrem influencias de outras ciências. Para tal reflexão Braudel nos traz uma análise da História “talvez a menos estruturada das ciências do homem” para definir o que o autor chamou de “consciência nítida desta pluralidade do tempo social para uma metodologia comum das ciências do homem”, onde falará abertamente sobre as ciências sociais e como a História se sobrepõe neste contexto temporal.
Ao lidar com a História, Braudel, atenta-se para o que ele chama de “decomposição do tempo passado” um fenômeno muito utilizado pelos sociólogos e pelos construtores da Historia Tradicional, que segundo o autor, limita-se aos discursos breves, acontecimental, que para nosso autor nada mais é que algo efêmero, de pouca duração, que só conseguimos ver sua chama e que se apaga rapidamente da consciência humana. Porém Braudel sabe da importância deste passado constituído por essa massa de pequenos factos, o que o autor alerta é para sua fragilidade histórica “o tempo breve é a mais caprichosa, a mais enganadora das durações”. E é oficio do historiador atentar-se a isso. Segundo Braudel o historiador, moderno, deixou-se levar pela verdade do documento, deixando-se levar por um manancial documental que corre para um oceano de verdades extraídas paginas após paginas de documentos tidos como a verdade escrita. O historiador dispõe, segundo Braudel, de uma nova estrutura no século XX e é ele que deve observar o que realmente sustenta a História enquanto ciência, e