Teoria da educação de e emancipação de Adorno.
Augusto Zidargo, Danilo de Sá Barreto Pereira, Eliana Nogueira, Thais Paixão e Sérgio de Oliveira Leite1
Resumo
Este artigo analisa a partir da teoria do filósofo alemão Theodor W. Adorno, a questão da emancipação no processo educacional. A educação deve, ao mesmo tempo, evitar o que ele chama de “barbárie” e buscar a emancipação da pessoa. Entende-se, por barbárie, o impulso de destruição que o homem traz consigo. Esse impulso manifesta-se nas diversas formas de agressividade que percebemos no cotidiano e pode chegar a situações extremas, como os campos de extermínio da segunda Guerra Mundial. A educação autoritária não consegue evitar possibilidades destrutivas que o homem traz consigo; por isso, Adorno propõe uma educação “emancipatória”. Esse modelo educacional evita a repressão, se distância da reprodução tecnicista e focaliza o aspecto produtivo da vida humana. Em outras palavras, a educação emancipatória pensa a sociedade e a educação distanciando-as do caráter industrial a que é submetido à cultura. A partir dessa perspectiva, o processo educacional pode favorecer a formação de sujeitos críticos e emancipados; sujeitos capazes de “domesticar” o impulso destrutivo que lhes é inerente. Desse modo, a educação forma pessoas autônomas e contribui para que não se repitam barbáries. Os chamados fenômenos da alienação baseiam-se na estrutura social. Adorno insiste na necessidade de uma formação cultural forte, voltada para a reflexão e para o desenvolvimento da sensibilidade, superando a alienação. Palavras-chave: Filosofia. Educação. Adorno. Emancipação. Alienação.
Abstract
This article analyzes from the theory of the German philosopher Theodor W. Adorno, the question of emancipation in the educational process. Education must, at the same time avoid what he calls "barbarism" and seek the emancipation of the person. It is understood, by barbarism, the impulse of destruction that man brings.