* 1. A FORMAÇÃO PARA AUTONOMIA: CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA CRÍTICA DA ESCOLA DE FRANKFURT1 Haryanna Pereira SGRILLI2 RESUMONo Brasil, as leis e documentos oficiais que estabelecem os objetivos e especificidades da educação escolarparecem estar de acordo quanto a um certo caráter emancipatório que ela deva assumir. No caso específicodo Ensino Médio, tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira quanto as OrientaçõesCurriculares Nacionais (OCNs) falam do desenvolvimento da “autonomia intelectual” e do “pensamentocrítico” do educando. Nas OCNs de Ciências Humanas, sobretudo com relação à Filosofia, advoga-se a elaimensa responsabilidade nesse sentido. Tendo isso em vista, a proposta desse trabalho é estabelecer umadiscussão das concepções de “autonomia intelectual” e “pensamento crítico”, a partir do referencial dosteóricos-críticos Theodor Adorno e Max Horkheimer. Consideramos, pois, que o entendimento crítico dessasconcepções tem muito a contribuir para uma elaboração mais consciente das propostas pedagógicas dasescolas e planos de trabalho dos docentes.Palavras-chave: Adorno. Horkheimer. Educação. Emancipação humana. Esclarecimento.Considerações iniciais A legislação brasileira que estabelece as diretrizes para a educação tem em siincorporados objetivos de formação crítica e reflexiva. Especificamente quando se trata do EnsinoMédio notamos que a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) em vigor, no Art. 35, prescreve, dentreoutros objetivos, o “aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação éticae o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico”. Em outros documentosoficiais, como as Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, as questões sobre aformação para a autonomia ganham notável espaço nas disciplinas de Ciências Humanas.Sobretudo com relação à disciplina de Filosofia, advoga-se a ela extrema importância mediante osobjetivos gerais tanto de formação ética quanto de desenvolvimento da autonomia intelectual e