Teoria da criação do conhecimento organizacional
Com a evolução do pensamento administrativo, as teorias contemporâneas deparam com o desafio de incorporar aspectos intangíveis às suas pesquisas, uma vez que o alcance de vantagem competitiva não resulta apenas de recursos naturais e mão-de-obra abundante e barato, mas também de recursos organizacionais como o conhecimento.
A partir do reconhecimento da importância do recurso conhecimento como vantagem competitiva, surgiram inúmeros estudos, principalmente internacionais, tentando otimizar a utilização desse conhecimento nas organizações.
A criação do conhecimento organizacional alimenta a inovação, e o conhecimento é criado dentro da organização sob a forma de produtos, serviços e sistemas.
Quando as organizações inovam, elas não processam simplesmente a informação, de fora para dentro, visando a solucionar problemas existentes e adaptar-se ao ambiente em mudança. Elas realmente criam novos conhecimentos e informações, de dentro para fora, visando a redefinir tanto os problemas quanto as soluções e, no processo, recriar seu ambiente.
A chave para a criação do conhecimento reside na mobilização e na conversão do conhecimento tácito em explícito, ou vice e versa.
A teoria da criação do conhecimento possui duas dimensões: epistemológica e ontológica, em que ocorre a “espiral” de criação do conhecimento.
A espiral emerge quando a interação entre o conhecimento tácito e o explícito é elevada dinamicamente de um nível ontológico mais baixo para níveis elevados.
Quando o conhecimento tácito e o explícito interagem um com o outro quatro modos de conversão do conhecimento são criados: socialização, externalização, combinação e internalização, esses modos constituem o “motor” de todo o processo de criação do conhecimento, e são também, os mecanismos pelos quais o conhecimento individual torna-se articulado e “amplificado” para e através da organização, são modos que o indivíduo vivencia.
Conhecimento e