Tendência progressista libertária
A pedagogia libertária espera que a escola exerça uma transformação na personalidade dos alunos num sentido libertário e de autogestão. A ideia básica é introduzir modificações institucionais, a partir dos níveis subalternos que, em seguida, vão "contaminando" todo o sistema. A escola introduzirá, com base na participação grupal, mecanismos institucionais de mudança (assembleias, conselhos, eleições, reuniões, as¬sociações etc.), de tal forma que o aluno, uma vez atuando nas instituições "externas", leve para lá tudo o que aprendeu. Outra forma de atuação da pedagogia libertária é: o aproveitamento da margem de liberdade do sistema, criar grupos de pessoas com princípios educativos e autoconfiança (associações, grupos informais, escolas autênticas). Há, portanto, um sentido expressamente político, à medida que se afirma o indivíduo como produto do social e que o desenvolvimento individual somente se realiza no coletivo. A autogestão é o conteúdo e o método, resume tanto o objetivo pedagógico quanto o político. A pedagogia libertária, na sua modalidade mais conhecida entre nós, a "pedagogia ins¬titucional", pretende ser uma forma de resistência contra a burocracia como instrumento da ação dominadora do Estado, que tudo controla (professores, programas, provas etc.), retirando a autonomia.
2. Conteúdos
As matérias são colocadas à disposição do aluno, mas não são exigidas. É um instrumento a mais, pois importante é o conhecimento que resulta das experiências vividas pelo grupo, espe¬cialmente a vivência de mecanismos de participação crítica. "Conhecimento" aqui não é a investigação cognitiva do real, para extrair dele um sistema de representações mentais, existe a necessidade da descoberta das respostas às exigências da vida social. Assim, os conteúdos propriamente ditos são os que resultam de necessidades e interesses manifestos pelo grupo e que não são, necessária e indispensavelmente, as matérias de estudo.
3. Métodos
É na vivência