Tendencia libertadora
No final dos anos 70 e início dos 80, a abertura política decorrente do final do regime militar coincidiu com a intensa mobilização dos educadores para buscar uma educação crítica, tendo em vista a superação das desigualdades existentes no interior da sociedade.
Surge, então a “pedagogia libertadora” que é oriunda dos movimentos de educação popular que se confrontavam com o autoritarismo e a dominação social e política.
Nesta tendência pedagógica, a atividade escolar deveria centrar-se em discussões de temas sociais e políticos e em ações concretas sobre a realidade social imediata. O professor deveria agir como um coordenador de atividades, aquele que organiza e atua conjuntamente com os alunos. Seus defensores, dentre eles o educador pernambucano Paulo Freire, lutavam por uma escola conscientizadora, que problematizasse a realidade e trabalhasse pela transformação radical da sociedade capitalista.
Os seguidores da tendência progressista libertadora não tiveram a preocupação de consolidar uma proposta pedagógica explícita, havia opção didática já aplicada nos chamados “círculos de cultura”.
Devido às suas características de movimento popular, essa tendência esteve muito mais presente em escolas públicas de vários níveis e em universidades, do que em escolas privadas.
Papel da Escola: ênfase no não-formal. É uma escola crítica, que questiona as relações do homem no seu meio;
Papel do aluno: Refletir sobre sua realidade, sobre a opressão e suas causas, resultando daí o engajamento do homem na luta por sua libertação;
Relação professor-aluno: Relação horizontal, posicionamento como sujeitos do ato de conhecer;
Conhecimento: O homem cria a cultura na medida em que, integrando-se nas condições de seu contexto de vida, reflete sobre ela e dá respostas aos desafios que encontra;
Metodologia: participativa, busca pela construção do conhecimento
Conteúdos: Temas geradores extraídos da vida dos alunos, saber do próprio