tempo de envelhecer
O objetivo do texto é discutir o lugar do velho na sociedade, especificamente, na família, no início de um novo século. Seguramente, é uma discussão necessária que exige reflexão e criatividade.
O século passado foi caracterizado por profundas transformações históricas-culturais, entre elas algumas na família e na velhice. Hoje não podemos falar na família como um modelo único. A família continua, mas transformou-as. E a velhice também apresenta-se de maneira múltipla e diversificada.
Nascer, crescer e morrer são etapas naturais da existência humana. O envelhecimento e a velhice sempre fizeram parte da vida e eram questões tratadas e resolvidas no âmbito privado, acontecimentos que deviam se vividos na família e dizem respeito a cada individuo em particular. O interessante, porém, foi que, ao mesmo tempo em que a longevidade se tornou real, os velhos começaram a perder espaço na família e na sociedade.
Uma das características do estilo de vida atual é a velocidade dos eventos e a fragilidade dos relacionamentos. Vive-se correndo, há uma sensação permanente de transitoriedade. QUAL O LUGAR DO VELHO NA FAMÍLIA, ATUALMENTE?
A autora coloca que todas essas mudanças tiveram profunda influência na família e, consequentemente, no lugar do velho que, em algumas sociedades, era, tradicionalmente, considerado portador de experiência e “sabedoria”.
A juventude, que na realidade é uma etapa da existência humana, tornou-se um valor. Hoje, o desafio é permanecer jovem o maior tempo possível. É a preocupação dominante, que conta com a ajuda de parte da ciência e o apoio da poderosa indústria de cosméticos.
De certa maneira, a ideia de juventude se contrapõe à imagem da velhice. A autora faz duas perguntas: Como pensar na longevidade humana?
Numa sociedade em que a juventude passa a ser o “objeto de desejo”, como aceitar a velhice?
Há um profundo mal estar: além de não se encarar com antecedência a “chegada” da velhice com a aposentadoria, os