Tema e variação
Técnica de composição que consiste em alterar o mesmo material a cada repetição.
É uma forma musical na qual a idéia musical fundamental ou tema, é repetida de forma alterada ou acompanhada de maneira diferente.
Obras de tema e variações foram escritas durante toda a história da música.
No período romântico a variação perdeu um pouco a importância, mas muitos compositores, mesmo assim, criaram conjuntos de variações.
Tipos básicos :
Variações contínuas : geralmente baseadas num tema de uma ou duas frases. As variações se seguem ininterruptamente.
Variações seccionais: são baseadas num ou mais períodos. Há pausas ou cesuras entre as variações.
Variações seccionais:
Variação Ornamental, geralmente aparece em semicolcheias
Variação simplificada
A melodia volta a ser apresentada de modo simples. No entanto, o fluxo de semicolcheias é transferido para uma outra voz, geralmente o baixo.
Variação figurativa
A variação é construída sobre um motivo ou uma figuração melódica, que pode ou não ser derivada do tema. Mais de um motivo pode ser empregado.
A seguinte variação também pode ser considerada como figurativa, assumindo que a escala seja a figura, ora descendente, ora ascendente.
Todos os exemplos são do Ferreiro Harmonioso de Handel
Variação melódica
Às vezes uma nova melodia toma o lugar da original. Mantém-se, neste caso, os elementos gerais da harmonia.
Variações contrapontísticas
Diversos procedimentos podem ser utilizados. Os principais são :
Imitativa
Canônica
Fugada
Aditiva
Variação imitativa
Variações abaixo, com as imitações do motivo :
J. S. Bach, Variações Goldberg, 4a. Var.
Variação canônica
Quando duas vozes são escritas em cânon, a segunda é uma imitação estrita da primeira. Soprano do 1o compasso e contralto do 2o.
J. S. Bach, Variações Goldberg, 9a. Var
Variação fugada
O tenor é a resposta do sujeito, no baixo, típico da fuga.
J. S. Bach, Variações Goldberg, 10a. Var